sábado, 3 de julho de 2010

Programa DouraMar será executado em MS (pastora simone paim 1236)

 
Foto: Hedio Fazan
Ana Paula Amaral
DOURADOS – Dourados pode ser o primeiro município de Mato Grosso do Sul a implantar um módulo de produção para transferência de tecnologia do modelo DouraMar, programa de desenvolvimento sustentável da aquicultura que oferece maior produção com menor custo e risco. O módulo de produção deve ser construído rapidamente em área disponibilizada pelo Sindicato Rural de Dourados, dentro de um projeto de disseminação do novo modelo em todo o MS. Ontem, técnicos da Associpisco (Associação Piscícola de Interesse Coletivo) estiveram na entidade para detalhar o projeto e reforçar o apoio de entidades de pesquisa. De acordo com o idealizador do modelo, o empresário Domingos Marcante, o programa “PD’água” atua na produção de alimentos saudáveis a partir do peixe, dentro de um modelo sustentável que deve ser implantado no maior número possível de municípios de MS. O modelo DouraMar, segundo ele, é resultado de pelo menos 10 anos de pesquisa e aprofundamento em busca de um modelo de produção diferente do atual – que tem alto custo e alta depredação da fauna local, além da ausência de indústrias para destinação da produção. “A produção atual é baixa e o produtor está desmotivado porque falta um programa de gestão do negócio”, garante. Segundo ele, o modelo desenvolvido e criado em Dourados atraiu a atenção da Seprotur (Secretaria de Produção, Indústria e Comércio de Mato Grosso do Sul), que pretende incentivar a implantação do novo modelo em vários municípios. Além de Dourados, onde deve ser construído um módulo de produção, as negociações também estão avançadas em Maracaju, Douradina e Indápolis. Hoje, o modelo DouraMar já é executado em 2 hectares na propriedade de Domingos Marcante e a tendência é que, aos poucos, substitua o modelo atual de lâminas d’água. Segundo ele, o novo modelo provoca mínimo impacto ambiental, reduz custos acima de 25% e oferece viabilidade técnico-econômica muito superior ao modelo atual. “É um novo conceito de produção: inovador, barato, rápido e totalmente acessível”, garante. O presidente da Associpisco, Fábio Roberto Castilho, destaca que o DouraMar possui qualidade econômica, social e ambiental e pode, sim, ser aplicada, a longo prazo, pelos produtores de todo o Estado. Na região da Grande Dourados, por exemplo, a área de piscicultura chega a 1.200 hectares de lâmina d’água, mas o volume de tanques em operação é muito menor

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