Dilema eleitoral do PT em Dourados ganha destaque nacional
Valdelice Bonifácio
A negociação de uma aliança entre partidos rivais em Dourados chamou atenção da mídia nacional. Reportagem do Estado de São Paulo divulgada hoje aponta que a eleição para prefeito de Dourados, segundo maior município do Mato Grosso do Sul, marcada para 6 de fevereiro, pode ter uma aliança entre DEM e PT. O DEM reuniu até agora 14 legendas na coligação em torno do nome do candidato e atual vice-governador Murilo Zauith e negocia com o PT a vaga de vice, cuja indicada seria Dinancy Ranzi, professora e gestora do hospital universitário local. Porém, há um grupo no PT que rejeita a aproximação com o DEM e prefere lançar Elias Ishi à prefeitura. O nome dele pode ser referendado no próximo dia 30 em plenária do partido. A executiva nacional do PT já sinalizou que a candidatura própria é preferível, mas lideranças regionais estão trabalhando para compor com Murilo Zauith.
O jornal cita que o PT está dividido e sob pressão do Diretório Nacional, que quer candidatura própria. Após a plenária, a convenção do PT ocorrerá no dia 5 de janeiro, dia anterior ao início da campanha eleitoral na cidade. Já foram confirmadas ainda, em convenções municipais, as candidaturas de Genival Valeretto (PMN) e de José Araújo (PSOL) à prefeitura local.
O novo pleito em Dourados foi convocado em razão da renúncia do prefeito Ari Artuzi (sem partido) e do vice dele Carlinhos Cantor. Os dois estiveram presos sob a acusação de participar de esquema de fraudes em licitações e distribuição de propinas.
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