domingo, 4 de julho de 2010

Qual é a melhor idade para empreender? (PASTORA SIMONE PAIM)

Por Marcelo Costa Menezes*
"Qual é a melhor idade para empreender? Existe uma idade mínima? E qual conselho você daria para um jovem de 20 anos que cursa Administração de Empresas para se capacitar para o processo de empreendedorismo?"


Leandro Rodrigues de Oliveira

Nova Friburgo, RJ
Não há idade determinada, certa ou errada, para ser empreendedor, isso é algo que ocorrerá naturalmente de acordo com o perfil de cada um. Contudo, aos jovens que se veem empreendedores, sugiro:
· Ser altamente atualizado e informado. Sem informação fica difícil identificar oportunidades

· Ser determinado em suas pesquisas, análises e estudos para minimizar os riscos
· Não cair na rotina e entrar em um processo robótico de suas atividades. Sempre buscar novas formas de melhorar
· Ter senso crítico e questionar o porquê das coisas. Isso abrirá a mente para as sugestões e questionamentos como: “por que não fazemos assim ou dessa outra forma”
· Antes de se aventurarem em seus próprios negócios, procurem ser empreendedores nas empresas em que trabalham
· E o mais importante, perca o medo de arriscar, de fracassar, pois o fracasso nos fortalece. Ademais, os jovens têm esse direito
Mas, para responder melhor a esta pergunta, acho que é mais prudente definir primeiro o que é ser empreendedor. Muitas pessoas, inclusive as mais jovens, acham que ser empreendedor é ter seu próprio negócio, ou seja, a partir do momento em que se tornam empresários passam a ser empreendedores. Esse pensamento está completamente equivocado. Ser empreendedor é muito mais que isso e não se limita ao empresariado. Há muitos empresários que não são empreendedores e vice-versa.
Em momentos de crise, quando o índice de desemprego cresce substancialmente, surgem muitos que se acham “empreendedores”. As pessoas, sem opções, resolvem pegar suas economias e investir em algum negócio, seja uma loja, lanchonete, oficina, etc. Mas fazem isso sem estar preparadas. Criam um negócio qualquer (um mero mercador que compra e vende), sem ter na veia o sangue empreendedor. E o resultado disso, que podemos chamar de desespero, não passa de mais um incremento nas estatísticas das pequenas empresas que fecham em menos de um ano. Esse é um exemplo clássico de que ser empreendedor não é ser empresário.
Ser empreendedor é pensar fora da “caixa”, do óbvio, e tentar novas soluções para melhorar sua atividade (seu trabalho). Um empresário empreendedor é aquele que vê oportunidades diferenciadas para o crescimento do seu negócio. Desde a área industrial, como formas mais eficazes e baratas de produção, até a área de vendas, como também vislumbrando novos mercados e apresentando seu produto de forma inovadora.
Uma pessoa pode também ser empreendedora no seu emprego, na sua função. Para isso basta desenvolver novos métodos, que de alguma forma gerem ganhos para o acionista da empresa. “Empreendedor é o individuo que detém uma capacidade nata de inovar, organizar, administrar e executar . Destaca-se gerando novos produtos - mercadorias ou serviços - a partir de conhecimentos e bens comuns. Em outras palavras é o profissional que, à sua maneira, modifica, pioneiramente, a forma de atuação de procedimentos considerados universais, com resultados bem superiores aos denominados “lugar comum”.
O espírito empreendedor está dentro de cada pessoa. É nato. E como todo dom, tem que ser desenvolvido, lapidado. Porém, às vezes fica escondido, sem manifestar-se, por uma série de fatores entre os quais destaca-se o medo de arriscar. Para que possamos desenvolver nossas habilidades empreendedoras temos que nos livrar do medo do fracasso, sair da zona de conforto e procurar sempre formas de agregar valor ao negócio.
* Marcelo Costa Menezes é empresário do setor de bicombustíveis e energia renovável, diretor do CJE – Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP - e membro do Conselho dos Novos Líderes

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